quinta-feira, 16 de julho de 2009

apesar da dor, da incerteza, dos conflitos, sinto que vale a pena ampliar as experiências. não sei como o futuro as interpretará, mas espero que seja com gentileza e leveza. não quero ficar cristalizada como uma rocha esperando o movimento do vento. o movimento está em mim. quero me crer, me saber, me resolver. tudo o que há habita em mim.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Fênix

é impressionante como os amigos nos ajudam a ver o que nos recusamos a enxergar. obrigada aos céus pela presença deles em minha vida. graças ao carinho (e também às duras palavras que têm me feito acordar do torpor), esses momentos têm se tornado suportáveis. apesar da dor e da ressaca moral, como é bom sentir que a minha condição humana torna a existência mais rica. claro que não dá pra ficar fazendo besteira todos os dias só pra provar a máxima de que nós seres humanos somos seres errantes, mas nada como sair da trilha só pra ver pontos de vista nunca imaginados. não sei se rio ou se choro dessa situação absurda em que me meti. só me resta esperar o tempo passar e ver como essa dor segue seu curso.

pra minimizar a dor, a voz doce e rouca de glen hansard em leave...

I can't wait forever is all that you said
Before you stood up
And you won't disappoint me
I can do that myself
But I'm glad that you've come
Now if you don't mind

Leave, leave,
And free yourself at the same time
Leave, leave,
I don't understand, you've already gone

I hope you feel better
Now that it's out
What took you so long
And the truth has a habit
Of falling outta your mouth
Well now that it's come
If you don't mind

Leave, leave,
And please yourself at the same time
Leave, leave,
Let go of my hand
You said what you came to now
Leave, leave,
Let go of my hand
You said what you had to now
Leave, leave,
Leave, leave,
Let go of my hand
You said what you have to now
Leave, leave...

sábado, 6 de dezembro de 2008

Ninguém me habita


Ninguém me habita. A não ser
o milagre da matéria
que me faz capaz de amor,
e o mistério da memória
que urde o tempo em meus neurônios,
para que eu, vivendo agora,
possa me rever no outrora.
Ninguém me habita. Sozinho
resvalo pelos declives
onde me esperam, me chamam
(meu ser me diz se as atendo)
feiúras que me fascinam,
belezas que me endoidecem.
Thiago de Mello

De repente, flor da pele. Uma paisagem distante, cinzenta, vazia, molhada. O corredor fundo me aprofunda dentro do mistério que me atrai pra dentro do que não está contido. Imagens fluidas, poesia, fotografia, uma tristeza que faz brotar a chuva para que o tempo pare. O barco parte e faz partir certezas e sonhos...
De novo Lenine. A vida com você é tão rara... Sua voz recompõe o meu espírito, apaga a noite, faz a luz entrar. As batidas das cordas do violão fazem pulsar a vida que há em mim. O mundo vai girando um pouco mais veloz. Me concentro em mim, me busco, pra buscar um pouco mais de alma e não deixar a vida parar. Será que temos esse tempo pra perder? A vida não pára...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

alguma coisa pulsa dentro de mim. de repente todas as minhas certezas vão se desfazendo e nesse território árido que é o chão das certezas vai brotando uma inquietude que me provoca e me faz querer sentir o cheiro do vento que sopra na madruga em que eu me escondo. minha sensibilidade me trai e tanto fiz por construir uma estabilidade emocional e me cercar do que acredito ser meu porto seguro. e agora dá uma vontade de gritar e pedir para parar tudo e encontrar uma outra forma de viver meus segredos.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Meu tema são as pessoas. Minha admiração é pela admirável capacidade de algumas pessoas de serem pessoas. Minha paixão é a palavra. A palavra escrita falada cantada. Na voz de Lenine a palavra acha seu curso riacho perdido de som e de sentido no sentido que a palavra acha seu curso discurso sem curso a todo custo.


Paciência


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida e tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)

(Solo - piano - 17seg)

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei,a vida não para (a vida não para não... a vida
não para)